Binbougami ga!

Binbougami ga!

Binbougami ga!

 Uma comédia aleatória sobrenatural entre uma Deusa do azar chamada Momiji e uma estudante do ensino médio chamada Sakura Ichiko (ou Michiko ou Chichiko). Desde o início do anime até sua ED, fica claro que elas ficarão amigas. Exatamente, aquelas amiguinhas que ficam brigando o tempo todo, não admitem ser companheiras mas, no fim, sempre tentam ajudar uma à outra. É criada uma atmosfera boa.
Os personagens secundários, por sua maioria masculinos, conseguem entrar bem no contexto do anime e não deixá-lo sem qualquer primor. 

Aliás, durante todo o anime entram personagens terciários que acabam complementando algumas partes do anime. Mas não conseguem ser interessantes. Apenas aqueles personagens que entram 'para ficar' conseguem construir uma personalidade relevante para o que anime propõe. Afinal, mesmo que um personagem entre no meio e só vá aparecer pouco, este deveria ter alguma utilidade: seja para ressaltar um ponto hilário em um protagonista ou trazer alguma cena com humor alternativo. Claro, estamos falando apenas de humor, que é o caso de Binbougami.

O fato é que nenhum desses artifícios conseguiu me tirar uma risada até os episódios 12 e 13. Geralmente, mesmo que o anime não seja lá muito atraente, pela 'convivência' que estabelecemos com eles, o cotidiano e a aproximação dos personagens traz pontos hilários. Podemos pegar como exemplo qualquer anime que gostemos muito. Automaticamente, fica fácil de rir daquela cena besta, que serviria apenas para descontrair. Contudo, nem as piadas, nem o cotidiano e nem qualquer outra razão dá consistência a Binbougami ga!.
Binbougami ga!

O anime, que, pelo o que eu imaginava, parecia ser uma paródia, explorou isto pouquíssimas vezes ao longo dos episódios. E a primeira coisa que me fez rir mesmo em Binbougami ga! foi a paródia a Death Note, por dois motivos. Primeiro: ficou muito bem feita, mas, também, se você não viu Death Note não há graça. Em segundo lugar, mais uma vez, se você viu o anime do Kira, sabe que o uso de uma coisa séria para retratar algo tão banal, paranoico e besta faz a cena ficar hilária.
Eu ri durante toda a cena, e acredito que seja o tipo de coisa que faz um bom anime de comédia.

O humor de Binbougami serve mais para um anime que não tem a comédia como ponto principal. Esse anime, na verdade, desde o começo da relação entre Ichiko e Momiji releva bastante os sentimentos dessas duas protagonistas. É algo legal, descontrai um pouco o humor escrachado. E acredito que o anime não quisesse usar dos sentimentos delas para fazer cenas cômicas, como é o caso de Danshi Koukousei no Nichijou. Contudo, se virmos em qualquer sinopse fica claro que o anime é aqueles com temáticas de paródias. Mas isso fica de lado para ficarmos apenas com cenas exageradas para caramba.

Bem, a animação consegue ser bem interessante. Ironicamente, é do mesmo estúdio de Nichijou, o épico Sunrise. O problema é que este estúdio fez completamente o contrário desta outra comédia, que usava as emoções dos seus personagens para brincar com as atmosferas. Em contrapartida, Nichijou usava desenhos totalmente simples para fazer representações simples de um cotidiano simples e sem deslumbre, finalizando de modo simples e interessante. Já Binbougami ga! tem personagens mais carismáticos, emocionais, exagerados, bem animados e desenhados. A troca de cores, o chibi, o super deformed e demais técnicas de desenhos para ressaltar o humor ficam ótimas. Mesmo tendo uma boa aplicação técnica, não há consistência e muito menos variação nas piadas, que deveria ser o essencial em uma comédia do tipo. Ainda que as paródias não tivessem muito sentido, apenas a existência sarcástica delas traria uma grandiosidade às cenas.


Sakura Ichiko

Binbougami ga! (Taras)Binbougami ga! (Taras)Binbougami ga! (Taras)Binbougami ga! (Taras)

A abertura não é boa. Suas imagens são ainda mais porra loca que as do anime em si. A música é chata e mostra muito da amizade entre Momiji e Ichiko, o que torna um certo preview para o anime, dizendo como ele não explorará nenhum ponto essencialmente. A OP é interessante apenas por deixar bem claro o que será o anime: emoções de um lado e a amizade bagunçada entre as protagonistas de outro, podendo fazer você rir ou não. Já o tema de encerramento é muito legal, gostei de terem colocado como início no último episódio. Bem, é algo que fizeram com Nichijou também. Bela criatividade da Sunrise...

Já um dos pontos fortes de Binbougami ga! são seus personagens, como já havia dito. Sem contar os terciários, que conseguem ser menos engraçados que protagonistas de battle shounen. Além de as duas protagonistas carismáticas e extrovertidas [Embora Momiji seja reservada mas se emputeça com Ichiko], há três personagens bons. Bobby, o primeiro a aparecer, é um monge pervertido, muito pervertido mesmo, que, a princípio, ajuda as pessoas anulando espíritos do mal [Lembrou-me muito o Miroku de Inuyasha]. Ele encontra Ichiko, se hospeda na casa dela sem pretensões e mais fode a vida dela do que qualquer outra coisa, assim como Momiji. Porém, ele e todos os outros acabam sendo legais com a protagonista.

Ranmaru, que entra um pouquinho depois na história, ainda que apareça desde sempre na OP. Ela é uma tsundere, treina artes marciais e é forte para caralho. Tem um pai rígido, sua aparência não é muito feminina e todos "brincam" com ela em razão disto. Mas ela acaba se tornando a personagem passiva, amigável e bonitinha do anime, estranhamente. Depois de Momiji, é claro.

Depois vem o Momou, o cãozinho demônio [Quem o Pluto de Kuroshitsuji]. Ele é um cachorro que toma a forma de um humanoide e, acima de tudo, é masoquista. Ele pode fazer o que quiser, apanha e sente prazer com tudo. Digamos que tenha a melhor vida entre todos, contando que seu prazer é peculiar. Acima disso, Momou é quase tão pervertido quanto Bobby e, sem sentido, os dois se tornam amigos. Na verdade, isso tem um pouco de sentido, vamos entender isso:
Momiji!

A perversão de todos: é fato que qualquer shounen use peitos e bundas para representar a máximo do sexo para alguém de 14 a 17 anos, por aí. Se torna estranho ao incrementarmos nesse enredo Momou, que é um demônio cachorro de mais de 100 anos e Bobby, um monge na faixa dos 30 que parece virgem. Obviamente é algo que torna ainda mais hilário o contexto de Binbougami, ainda que não consiga fazer rir apenas com isso. Mas ele entra na questão do episódio 11, que foi bem interessante, mesmo que não tão cômico.

O décimo-primeiro episódio mescla as máximas do anime, que são a sobrenaturalidade e as insinuações sexuais (fanservice). No início, até aparecem os personagens Momou e Bobby comentando que "teremos agora nosso episódio de fanservice, porque nós, pervertidos, merecemos". E essa questão sexual escrota fica bem definida no perfil de praticamente todos os personagens. Alguns nem tanto, como Ranmaru, que é uma garotinha com cabelo rosa que tem a cara de ser a 'mais virgem' de todos. Uma ótima tsundere... Enquanto que até o personagem de 17 anos bombadão que parece ter 30, Keita, fica bolado e envergonhado por ver as garotas nuas.

E vem o segundo fato estranho só que mais interessante que o resto do anime: todos aceitam facilmente a sobrenaturalidade. Este episódio mostra o lado insano e exagerado de cada personagem. Keita, por exemplo, esquece o fato de ser algo sobrenatural para ver que aquilo pode ser usado para lucrar. Ele viu cachorrinhos se transformando em humanos, e, logo, imaginou que poderia ganhar dinheiro com isso. Já sua irmã é a única que fica impressionada com a situação, principalmente as transformações de Moumou e Tomo-chan, a gatinha. Afinal, é a mais séria, sensata, pensa racionalmente e é cabeça-quente. Além de ela mesma ser essa contra-representação de que os personagens do anime são insanos.

Momiji é a inveja, por não ter peitos grandes como os de Ichiko. Enquanto Ichiko é o orgulho, por ter toda aquela sorte e se gabar em cima dos outros. Momou e Bobby são a luxúria (preciso explicar o porquê?). Já Keita é a ganância, ainda que tenha aqueles penamentos em prol de seus irmãos. Poderíamos fazer esse tipo de apanhados comparativos da obra. Mas eu não acredito que um anime de comédia devesse explorar tanto esse tipo de mensagem. A própria relação de Momiji e Ichiko, onde a Binbougami irá relevar o lado bondoso da garota arrogante, é algo legal de discutir. No entanto, essa representação fica superficial, ainda que seja a mais bem feita, principalmente no último episódio.
Banho na Piscina

Banho JuntosBanho JuntosBanho JuntosBanho Juntos

Como não é um anime padrão, como Jinrui, não pode deixar tantas subliminaridades. Ou, melhor, até poderia, mas que tivesse um lado cômico maior. A partir disso, o anime tem um potencial muito legal, que deveria ter fica implícito, como ficou, enquanto a parte engraçada era mais levantada. Como tudo isso ficou bem retratado nos dois últimos episódios, vamos 'revê-los'.

O décimo-segundo episódio já começou bem por trazer a proposta do final: a Momiji 'do bem'. Quando ela fica limpa, toma um banho, perde seus poderes de Deusa de Azar. Assim como, caso ela fique toda suja, volta a ser uma Binbougami. Algo mais escroto que o resto do anime, mas, ao menos, é para ser engraçado. E toda a primeira cena no colégio foi boa. Ranmaru toda emocionada, quebrando a parede do colégio e quase se suicidando; Ichiko puta por ver uma Momiji boazinha e tudo mais. Bem, e essa já é um transição para a parte épica do anime.

A parte mais engraçada de todo o anime, e talvez uma das melhores cenas da Summer Season, foi Ichiko parodiar um L e Momiji ser o Kira. E atrás ainda tinha um Bobby como Misa, algo totalmente sem noção e hilário. O mordomo de Ichiko, Suwano, como Watari. Simplesmente tudo se encaixou. Pegaram as cenas mais tensas de Death Note e fizeram uma paródia excepcional, que deu uma atmosfera estética igual ao anime de Death Note e uma atmosfera cômica bem com a cara de um anime de comédia bom. Na verdade, Ichiko ficou um meio termo entre o L e o Near. Cena realmente daora, não há muitas palavras para expressá-la.

Mas, o que acontece? Todo aquele cenário foi algo óbvio. Ichiko apenas disse o que todos já imaginavam: ela pensou que Momiji poderia estar tramando algum plano. E o cenário montou exatamente uma batalha intelectual à la L & Kira. Porém, se houvesse muitas dessas cenas que não mostram muitas coisas de enredo, o anime perderia sua consistência. Mas o fato é que o Binbougami ga! realmente 'não tem' um roteiro propriamente dito. São brigas aleatórias entre Momiji tentado pegar a sorte de Ichiko, que odeia a Bonbougami. Tanto que os episódios são 'divididos em Rounds'. Ou seja, não precisa construir algo totalmente enredado, apenas um pouquinho de sentimento aqui, personagens alternativos ali e as paródias vigorando. Bem, não foi o que aconteceu...
Death Note Paródia
Death Note ParódiaDeath Note ParódiaDeath Note ParódiaDeath Note ParódiaDeath Note ParódiaDeath Note Paródia

Conclusão:

Tirando essa última parte, há as mensagens bonitinhas onde Momiji tenta ensinar Ichiko que é certo dividir sua Sorte com outros... Bem, essa parte realmente é bonitinha, ainda mais quando a Deusa do Azar fica em forma moe, além de ela já ser mais bonitinha que o resto. Toda essa parte ficou boa no último episódio, ainda que tentasse ser levantada ao longo do anime inteiro.

Binbougami ga!
No final dos episódios e até mesmo entre eles aparecem aquelas cenas alternativas. Aquela tiazinha de cabelo rosa, que serve para incrementar o anime, não tem graça, não tem sentido, é chata. Semelhante à parte chata de Nichijou, que são as garotas fazendo aleatoriedades depois dos episódios. Porra, Sunrise...

Binbougami ga!
O anime conseguiu terminar bem. Mas apenas um final interessante não faz um bom anime de comédia. Enfim, esse final promoveu, provavelmente, às pessoas lerem o mangá. Foi o suficiente para dizer que valeu a pena acompanhar a série, até porque não é tão fácil hoje dizer que valeu a pena acompanhar algo. Houve uma grande insinuação de que haverá continuações, que "nos veremos na próxima". Se houver, eu pretendo e recomendo acompanhar. Pode ser que seja ainda mais legal que essa primeira temporada. Contudo, como as segundas temporadas muitas vezes não cumprem esse papel de superação, temos um pé atrás, inicialmente. Digo, tudo terminou bem, mas não tão bem.
                                                                                                          Fonte: Nippoenglish

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Thering Rodrigues

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